terça-feira, 12 de julho de 2011

STTR LRV PARTICIPA DE CAPACITAÇÃO PARA ALIMENTAÇÃO DO SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOCIOAMBIENTAIS DA BR 163

O Grupo de Trabalho Amazônico (Rede GTA) encerrou na manhã do dia  12 o evento de capacitação do Sistema de Informações Socioambientais da BR 163, uma plataforma que consiste na consolidação de uma base de dados que possibilita a criação e a disponibilização de dados para acesso pela rede.
Por intermédio de um sistema Web, a ferramenta poderá ser alimentada de informações referentes à região de abrangência da BR 163 pelos usuários dos polos regionais: Baixo Amazonas (Santarém), Transamazônica e Xingu (Altamira), Itaituba e adjacências, Mato Grosso (Lucas do Rio Verde) e pelo GTA Nacional.
O Sistema de Informações Socioambientais da BR 163 é um produto do componente III: Fortalecimento da Sociedade Civil e Movimentos sociais do Projeto BR 163, que surge com o intuito de possibilitar a interação entre os usuários e a base de dados por meio de interfaces intuitivas e de fácil utilização, modeladas e definidas pela Rede GTA, cujo acesso poderá ser feito por meio de qualquer um desses Browsers: Internet Explorer ou Mozila Fire Fox.

Representantes do GTA nacional e dos pólos da BR 163 se reuniram em Brasília.
Além disso, a Rede GTA prevê também, como forma de viabilizar o acesso às informações e fortalecer a luta dos movimentos sociais, a constituição de centros de referências de disseminação de informações, que permitam a utilização de computadores, o acesso a internet e a outras tecnologias digitais.
Representantes dos quatro polos de atuação participaram da qualificação na Sede em Brasília-DF.
Segundo Heloísa Cardoso, do Centro de Estudos e Formação de trabalhadores Rurais do Baixo Amazonas (CEFT-BAM), representante do polo Baixo Amazonas, “esse encontro foi importante para aprender como se dá a alimentação do Sistema de Informações Socioambientais da BR 163 e suas funcionalidades. A sistematização dos dados referentes às comunidades vem para valorizar as organizações sociais locais e enriquecer nossos conhecimentos acerca da região”.
Para Diego Capilé, do Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Lucas do Rio Verde (STTR-LRV), representante do polo Mato Grosso, “o banco de dados possibilitará que as comunidades se conheçam melhor entre si e mostrem sua cara para a sociedade em geral, divulgando as conquistas e necessidades das bases e que, muitas vezes, são conhecidas por poucas pessoas. Essa ferramenta é uma forma interativa e democrática de tornar as demandas das comunidades disponíveis para consulta pública”.
Jesielita Roma Gouveia, representante do Fórum dos Movimentos Sociais da BR 163 – Pará (FMS), ressaltou que com o sistema o polo conseguirá disseminar a realidade da região para que todos e todas conheçam os trabalhos realizados pelo Fórum dos Movimentos Sociais da Br 163. “A plataforma será bastante útil para divulgar os resultados das ações do projeto, ou seja, o diagnóstico das rádios comunitárias, telecentros, entre outros”.

Na tarde, os articuladores regionais tiveram uma reunião com a equipe do GTA para esclarecer as dúvidas sobre a construção do 3º relatório de atividades do Projeto, dialogar sobre o planejamento de atividades e traçar estratégias de trabalhos.
Já de acordo com Márcia Castro, da Fundação Viver, Produzir e Preservar (FVPP), representante do polo Transamazônica e Xingu “além da capacitação que foi bastante rica, a reunião serviu para avaliar a demanda dos polos, divulgar os trabalhos feitos pelo projeto, trocar experiências, aprender com as outras instituições e conhecer melhor as atividades desenvolvidas”.
O Projeto BR-163: Floresta, Desenvolvimento e Participação conta com o apoio técnico e a gestão financeira da FAO Brasil, recursos doados pela União Européia e coordenação do Departamento de Políticas de Combate ao Desmatamento da Secretaria Executiva do Ministério do Meio Ambiente.

 

Banco de dados socioambientais da BR 163 estará acessível ao público.

Políticas públicas de rádios comunitárias também foi tema de evento da Rede GTA



A deficiência das políticas públicas para rádios comunitárias foi um dos pontos levantados pelos participantes do evento. De acordo com os depoimentos, a potência e a área de cobertura das rádios comunitárias, que não passa de um raio de 1 quilômetro, são muito limitadas. “É fundamental que haja mudanças na legislação das rádios comunitárias. A realidade da Amazônia exige que as leis atendam as necessidades dos comunitários e possibilitem tratamento diferenciado para as diversas regiões do Brasil” – afirmou Pedro dos Santos (Pedrinho) da Fundação Viver, Produzir e Preservar (FVPP), coordenadora do polo Transamazônica e Xingu.
Outra questão que deve ser prioridade no Governo Federal é o programa Luz para Todos, que tem a meta de levar energia elétrica para mais de 10 milhões de pessoas do meio rural. “São muitas as comunidades na Amazônia que não têm energia elétrica e ainda não foram beneficiadas com o Luz para Todos, portanto, não podem ter rádios comunitárias e telecentros” – reforçou Pedrinho.
Como encaminhamento para estas demandas, foi definido que os polos junto ao GTA Nacional farão uma carta para o Ministério das Comunicações, solicitando não somente a regularização , como também a alteração nas políticas públicas das rádios comunitárias.
Este evento faz parte das atividades do Componente III: Fortalecimento da Sociedade Civil e Movimentos Sociais, coordenado pelo GTA, do Projeto BR-163: Floresta, Desenvolvimento e Participação. Este projeto conta com o apoio técnico e a gestão financeira da FAO Brasil, recursos doados pela União Européia e coordenação do Departamento de Políticas de Combate ao Desmatamento da Secretaria Executiva do Ministério do Meio Ambiente.



Assessoria de Comunicação - Rede GTA

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