O Grupo de Trabalho Amazônico (Rede GTA) encerrou na manhã do dia 12 o evento de capacitação do Sistema de Informações Socioambientais da BR 163, uma plataforma que consiste na consolidação de uma base de dados que possibilita a criação e a disponibilização de dados para acesso pela rede.
Por intermédio de um sistema Web, a ferramenta poderá ser alimentada de informações referentes à região de abrangência da BR 163 pelos usuários dos polos regionais: Baixo Amazonas (Santarém), Transamazônica e Xingu (Altamira), Itaituba e adjacências, Mato Grosso (Lucas do Rio Verde) e pelo GTA Nacional.
O Sistema de Informações Socioambientais da BR 163 é um produto do componente III: Fortalecimento da Sociedade Civil e Movimentos sociais do Projeto BR 163, que surge com o intuito de possibilitar a interação entre os usuários e a base de dados por meio de interfaces intuitivas e de fácil utilização, modeladas e definidas pela Rede GTA, cujo acesso poderá ser feito por meio de qualquer um desses Browsers: Internet Explorer ou Mozila Fire Fox.
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Representantes do GTA nacional e dos pólos da BR 163 se reuniram em Brasília. |
Além disso, a Rede GTA prevê também, como forma de viabilizar o acesso às informações e fortalecer a luta dos movimentos sociais, a constituição de centros de referências de disseminação de informações, que permitam a utilização de computadores, o acesso a internet e a outras tecnologias digitais.
Representantes dos quatro polos de atuação participaram da qualificação na Sede em Brasília-DF.
Segundo Heloísa Cardoso, do Centro de Estudos e Formação de trabalhadores Rurais do Baixo Amazonas (CEFT-BAM), representante do polo Baixo Amazonas, “esse encontro foi importante para aprender como se dá a alimentação do Sistema de Informações Socioambientais da BR 163 e suas funcionalidades. A sistematização dos dados referentes às comunidades vem para valorizar as organizações sociais locais e enriquecer nossos conhecimentos acerca da região”.
Para Diego Capilé, do Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Lucas do Rio Verde (STTR-LRV), representante do polo Mato Grosso, “o banco de dados possibilitará que as comunidades se conheçam melhor entre si e mostrem sua cara para a sociedade em geral, divulgando as conquistas e necessidades das bases e que, muitas vezes, são conhecidas por poucas pessoas. Essa ferramenta é uma forma interativa e democrática de tornar as demandas das comunidades disponíveis para consulta pública”.
Jesielita Roma Gouveia, representante do Fórum dos Movimentos Sociais da BR 163 – Pará (FMS), ressaltou que com o sistema o polo conseguirá disseminar a realidade da região para que todos e todas conheçam os trabalhos realizados pelo Fórum dos Movimentos Sociais da Br 163. “A plataforma será bastante útil para divulgar os resultados das ações do projeto, ou seja, o diagnóstico das rádios comunitárias, telecentros, entre outros”.
Na tarde, os articuladores regionais tiveram uma reunião com a equipe do GTA para esclarecer as dúvidas sobre a construção do 3º relatório de atividades do Projeto, dialogar sobre o planejamento de atividades e traçar estratégias de trabalhos.
Já de acordo com Márcia Castro, da Fundação Viver, Produzir e Preservar (FVPP), representante do polo Transamazônica e Xingu “além da capacitação que foi bastante rica, a reunião serviu para avaliar a demanda dos polos, divulgar os trabalhos feitos pelo projeto, trocar experiências, aprender com as outras instituições e conhecer melhor as atividades desenvolvidas”.
O Projeto BR-163: Floresta, Desenvolvimento e Participação conta com o apoio técnico e a gestão financeira da FAO Brasil, recursos doados pela União Européia e coordenação do Departamento de Políticas de Combate ao Desmatamento da Secretaria Executiva do Ministério do Meio Ambiente.
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Banco de dados socioambientais da BR 163 estará acessível ao público. |
Políticas públicas de rádios comunitárias também foi tema de evento da Rede GTA
A deficiência das políticas públicas para rádios comunitárias foi um dos pontos levantados pelos participantes do evento. De acordo com os depoimentos, a potência e a área de cobertura das rádios comunitárias, que não passa de um raio de 1 quilômetro, são muito limitadas. “É fundamental que haja mudanças na legislação das rádios comunitárias. A realidade da Amazônia exige que as leis atendam as necessidades dos comunitários e possibilitem tratamento diferenciado para as diversas regiões do Brasil” – afirmou Pedro dos Santos (Pedrinho) da Fundação Viver, Produzir e Preservar (FVPP), coordenadora do polo Transamazônica e Xingu.
Outra questão que deve ser prioridade no Governo Federal é o programa Luz para Todos, que tem a meta de levar energia elétrica para mais de 10 milhões de pessoas do meio rural. “São muitas as comunidades na Amazônia que não têm energia elétrica e ainda não foram beneficiadas com o Luz para Todos, portanto, não podem ter rádios comunitárias e telecentros” – reforçou Pedrinho.
Como encaminhamento para estas demandas, foi definido que os polos junto ao GTA Nacional farão uma carta para o Ministério das Comunicações, solicitando não somente a regularização , como também a alteração nas políticas públicas das rádios comunitárias.
Este evento faz parte das atividades do Componente III: Fortalecimento da Sociedade Civil e Movimentos Sociais, coordenado pelo GTA, do Projeto BR-163: Floresta, Desenvolvimento e Participação. Este projeto conta com o apoio técnico e a gestão financeira da FAO Brasil, recursos doados pela União Européia e coordenação do Departamento de Políticas de Combate ao Desmatamento da Secretaria Executiva do Ministério do Meio Ambiente.
Assessoria de Comunicação - Rede GTA
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